sexta-feira, fevereiro 17, 2006

O meu Porto de abrigo




Porto Sentido

Quem vem e atravessa o rio
Junto a serra do Pilar
Ve um velho casario
Que se estende ate ao mar
Quem te ve ao vir da ponte
És cascata, sao-joanina
Dirigida sobre um monte
No meio da neblina.
Por ruelas e calçadas
Da Ribeira até a Foz
Por pedras sujas e gastas
E lampioes tristes e sos.
E esse teu ar grave e sério
Dum rosto e cantaria
Que nos oculta o mistério
Dessa luz bela e sombria
[refrao]
Ver-te assim abandonada
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa

by Carlos Te / Rui Veloso

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